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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013


Analisando “O Embate do Século: Ultraje a Rigor vs. Raimundos”

Capa do álbum em que Ultraje a Rigor canta Raimundos e vice-versa
O produtor Rafael Ramos (que já trabalhou com bandas como Matanza, Capital Inicial, entre outros e que “sem querer” descobriu os Mamonas Assassinas) teve uma boa ideia ao juntar duas das principais bandas do rock brasileiro de suas respectivas épocas, os oitentistas do Ultraje a Rigor e os brasilienses dos Raimundos, o melhor grupo de rock dos anos 1990 em terras tupiniquins, para que uma gravasse covers da outra. E o resultado disso mostra Roger e cia. cantando clássicos consagrados na voz de Rodolfo enquanto Digão e sua trupe tocam as músicas perpetuadas pelo Ultraje.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013


 Engenheiros Do Hawaii 


Engenheiros do Hawaii é uma banda brasileira de rock and roll, formada em 1984 na cidade de Porto Alegre, que alcançou grande popularidade com suas canções irônicas e críticas. O vocalista Humberto Gessinger é o único integrante original a permanecer no grupo até hoje.Junto com a turnê terminam, pelo menos temporariamente, as atividades dos os Engenheiros do Hawaii. O vocalista e líder da banda, Humberto Gessinger declarou no site oficial da banda que os planos de retorno da banda são somente no ano de 2012, quando serão comemorados os 25 anos do lançamento do álbum A Revolta dos Dândis, segundo LP da banda. Lembrando que já é a terceira vez que Gessinger adia o retorno dos Engenheiros.


segunda-feira, 31 de dezembro de 2012


Projeto: "CABEÇA DINOSSAURO AO VIVO 2012"


Os Titãs Branco Mello, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto estão lançando DVD e Blu-Ray "Cabeça Dinossauro Ao Vivo 2012", gravado em junho deste ano no Circo Voador, no bairro da Lapa, Rio de Janeiro. O show seguiu a exata sequência do LP lançado em 1986, com performances de músicas como "Bichos Escrotos", "Polícia"Porrada"e "Homem Primata".
O diretor Oscar Rodrigues Alves – que já fez clipes premiados da banda e codirigiu com Branco o longa-metragem "Titãs, a vida até parece uma festa" – optou por rodar todo o show em preto e branco, sem gruas ou pirotecnias cênicas. As oito câmeras foram distribuídas em vários pontos da plateia.
A atmosfera do Circo Voador, com fumaça criando uma névoa, remete aos palcos dos anos 80, quando a banda se apresentava em autênticos porões. "Queríamos registrar o show com uma concepção bem crua e o Oscar sugeriu o preto e branco. As imagens e a edição imprimiram com perfeição esta pegada forte", atesta Branco.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012


Documentário mostra a batalha dos cinco rapazes de Guarulhos para chegar ao sucesso que foi brutalmente interrompido por um acidente aéreo em março de 1996
Em poucos meses de carreira, os Mamonas conquistaram um público fiel.Poucos meses depois de estourar para o sucesso e se tornar uma das bandas de maior sucesso do país, a trajetória de sucesso do grupo terminou em um trágico acidente na Serra da Cantareira, em São Paulo. O pequeno avião em que viajavam acabou se chocando contra a serra. Além dos cinco integrantes da banda, os dois tripulantes e dois assistentes do grupo também morreram.

Mais de quinze anos depois, o documentário “Mamonas pra sempre” (Europa Filmes) – previsto para chegar aos cinemas em 10 de junho – refaz o caminho que levou a banda Utopia, nascida em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, a virar os Mamonas Assassinas. O diretor Cláudio Kahns contou com um vasto material cedido pelas famílias dos músicos.  Os primeiros shows, as brincadeiras de bastidores, a viagem para mixar o primeiro disco. Tudo o que foi registrado pelos próprios meninos chega agora ao público


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012


Dez anos sem Cassia Eller

Há dez anos morria Cássia Eller.
Prato cheio para a imprensa marrom. A revista Veja com sua sanha moralista colocou uma foto de Cássia para alertar a população sobre o perigo das drogas. Depois se descobriu que ela não havia morrido por overdose como decretara a revista.
Anos antes a revista havia feito o mesmo com Cazuza que chegou a cantar “te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro. Transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro!
Mas não era a eventual relação de Cássia Eller com as drogas que apavorava os conservadores. Era a sua irreverência.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Raul Santos Seixas (Salvador, 28 de junho de 1945  São Paulo, 21 de agosto de1989) foi um cantor e compositor brasileiro, frequentemente considerado um dos pioneiros do rock brasileiro. Também foi produtor musical da CBS durante sua estada noRio de Janeiro, e por vezes é chamado de "Pai do Rock Brasileiro" e "Maluco Beleza". Sua obra musical é composta de 21 discos lançados em seus 26 anos de carreira e seu estilo musical é tradicionalmente classificado como rock e baião, e de fato conseguiu unir ambos os gêneros em músicas como "Let Me Sing, Let Me Sing". Seu álbum de estreia, Raulzito e os Panteras (1968), foi produzido quando ele integrava o grupo Os Panteras, mas só ganhou notoriedade crítica e de público com as músicas de Krig-ha, Bandolo! (1973), como "Ouro de Tolo", "Mosca na Sopa", "Metamorfose Ambulante". Raul Seixas adquiriu um estilo musical que o creditou de "contestador e místico", e isso se deve aos ideais que vindicou, como a Sociedade Alternativa apresentada em Gita(1974), influenciado por figuras como Aleister Crowley.
Raulse..interessava..por.. filosofia (principalmente metafísica e ontologia), psicologia,história, literatura e latim e algumas crenças dessas correntes foram muito aproveitadas em sua obra, que possuía uma recepção boa ou de curiosidade por conta disso. Ele conseguiu gozar de uma audiência relativamente alta durante sua vida, e mesmo nos anos 80 continuou produzindo álbuns que venderam bem, como Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum! (1987) e A Panela do Diabo (1989), esse último em parceria com Marcelo Nova, e sua obra musical tem aumentado continuamente de tamanho, na medida em que seus discos (principalmente álbuns póstumos) continuam a ser vendidos, tornando-o um símbolo do rock do país e um dos artistas mais cultuados e queridos entre os fãs nos últimos quarenta anos. Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, cujo resultado colocou Raul Seixas figurando a posição 19 , encabeçando nomes como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Heitor Villa-Lobos e outros. No ano anterior, a mesma revista promoveu aLista dos Cem Maiores Discos da Música Brasileira, onde dois de seus álbuns apareceram Krig-ha, Bandolo! de 1973 atingiu a 12ª posição e Novo Aeon ficou em 53º lugar , demonstrando que o vigor musical de Raul Seixas continua a ser considerado importante hoje em dia.
Raul Santos Seixas nasceu às 8 horas da manhã em 28 de Junho de 1945 numa família de classe média baiana que vivia na Avenida Sete de Setembro, Salvador. Seu pai, Raul Varella Seixas, era engenheiro da estrada de ferro e sua mãe, Maria Eugênia Santos Seixas, se dedicava às atividades domésticas. No próximo mês ele foi registrado no Cartório de Registro Civil de Salvador com o nome do pai e do avô paterno. Em 16 de setembro do mesmo ano, batizaram-no na Igreja Matriz da Boa Viagem. Em 4 de dezembro de 1948, Raul Seixas ganhou um irmão, o único, Plínio Santos Seixas, com quem teria um bom relacionamento durante sua infância. Os estudos de Raul Seixas começaram em 1952, onde frequentou o curso primário estudando com a professora Sônia Bahia. Concluído o curso em 1956, fundou o Club dos Cigarros com alguns amigos. O trágico percurso escolar de Raul Seixas se iniciaria em 1957, quando ele ingressou no ginásio Colégio São Bento, onde foi reprovado na 2ª série por três anos. Um dos motivos da reprovação, segundo alguns biógrafos, é que ele, em vez de ir assistir as aulas, ouvia rock and roll — em seus primórdios — na loja Cantinho da Música. No mesmo ano, em 13 de Julho, Raul Seixas fundou o Elvis Rock Club com o amigo Waldir Serrão. Segundo a jornalista Ana Maria Bahiana, é através de Serrão que Raul Seixas começou a sair de casa e a manter uma vida social mais ampla. Segundo Raul, o encontro com Waldir foi fantástico: "me preparei todo, botei a gola pra cima, botei o topete, engomei o cabelo, e fiquei esperando ele, masclando chiclete". O Elvis Rock Club era como uma gangue, que procurava brigas na rua, fazia arruaça, roubava bugigangas e quebrava vidraças. Embora Raul não gostasse muito disso, "ia na onda, pois o rock (pelo menos a meu ver) tinha toda uma maneira de ser".
Então, a família resolveu matricular Raul num colégio de padres, o Colégio Interno Marista, onde ele alcançou a 3ª série em 1960, mas acabou repetindo o estágio em 1961. Ao que tudo indica, nessa época Raul Seixas começou a se interessar pela leitura. O pai de Raul Seixas amava os livros e possuía uma vasta biblioteca em casa. Tão logo decifrou o mistério das letras, o garoto pôs-se a ler os volumes que encontrava na biblioteca do pai Raul. Sendo assim, as histórias que lia na biblioteca fermentavam sua imaginação e, com os cadernos do colégio, fazia desenhos, criava personagens, enredos, para depois vender ao irmão quatro anos mais novo, que acabava ficando interessado e comprava os esboços. Segundo Raul, um dos personagens principais dessas histórias era um cientista maluco chamado "Mêlo" (algo como "amalucado"), que viajava para diversos lugares imáginarios como o Nada, o Tudo, Vírgula Xis Ao Cubo, Oceanos de Cores. Segundo Raul, Melô era sua "outra parte, a que buscava as respostas, o eu fantástico, viajando fora da lógica em uma maquinazinha em que só cabia um só passageiro... Melô-eu." Plínio ficava horas ouvindo o irmão contar suas histórias, dentro do quarto dos dois, e Raul frequentemente encenava os personagens como um ator. Ambos os irmãos tinham algo em comum: adoravam literatura, mas odiavam a escola. Mais tarde, já maduro, Raul Seixas diria: "Eu era um fracasso na escola. A escola não me dizia nada do que eu queria saber. Tudo o que aprendia era nos livros, em casa ou na rua. Repeti cinco vezes a segunda série do ginásio. Nunca aprendi nada na escola. Minto. Aprendi a odiá-la." De um modo ou de outro, Raul Seixas precisava frequentar a escola vez ou outra. Em uma determinada ocasião, o pai perguntou a Raul como ele ia na escola e pediu seu boletim. Raul mostrou um boletim falsificado, com todas as matérias resultando em um 10. O pai questionava se ele havia estudado, mas Maria Eugênia interrompia, dizendo algo como "Estudou nada, ficou aí ouvindo rock o tempo inteiro, essa porcaria desse béngue-béngue, de élvis préji, de líri ríchi e gritando essas maluquices." Os pais de Raul, como toda a geração da época, estranhavam o rock e ele não era muito bem-vindo entre as famílias.